Ola galera da TGB trouxe para vocês um otimo review

Shooters voltados para a diversão ao invés de buscar o realismo estão em falta no mercado. Mas o fato tende a mudar com os remakes de Serious Sam e Duke Nukem Forever aparecendo nas prateleiras em maio deste ano. E além das séries antigas a serem revividas, a People Can Fly, criadora de Painkiller, adiciona mais um título a lista: Bulletstorm.

Será que este novo jogo tem o que precisa para se tornar um clássico?

Bem-vindo a Sygia

Em Bulletstorm, você comanda Grayson Hunt, membro da antiga equipe de mercenários chamada Dead Echo, na busca por vingança pelos atos que o General Sarrano, seu antigo superior, o fez cometer. Em poucas palavras, o cara fez toda a sua equipe matar uma pancada de inocentes para livrar o nome dele. E devido a uma série de acontecimentos, você e o restante do seu grupo acabam caindo em Stygia: um belo planeta com uma diversidade de ambientes impressionante.

De cavernas a parques de diversões, Bulletstorm aproveita todo o poder da Unreal Engine 3, que apesar de ter sido lançada há 5 anos, mostra que ainda tem muita lenha para queimar. Você verá cores vivas, efeitos de raios de sol, ótimas explosões, cenas inacreditáveis e inimigos muito bem detalhados.

Porém, nem tudo são flores. A versão PC de Bulletstorm sofreu bastante com certas dificuldades nas configurações. Alguns dos problemas principais são imprecisões com o mouse e certas opções gráficas travadas. Sem opções "ingame" para ajustar estas configurações, o game também não possibilita que usuários mais avançados as alterem diretamente no arquivo onde ficam registradas, já que este tem seu acesso bloqueado, fato raro para games de PC.

Acabe com seus inimigos de todas as formas possíveis

Devido ao fato de Bulletstorm ser extremamente curto, possuindo em torno de quatro horas de duração, o que o faz diferente de outros shooters no mercado é o seu sistema de recompensas chamado Skillshots.

Este consiste basicamente em matar seu inimigo da maneira mais criativa possível. O jogador pode atear fogo, atirar na cabeça, chutar os inimigos em cactos gigantes ou em ferros de construção, entre muitos outros tipos de mortes. Para isto, Grey contará com todo o arsenal esperado em um shooter, mas com uma adição especial. Uma forma de chicote elétrico, que com ele você poderá puxar os inimigos para perto, conseguindo assim arrecadar mais pontos – que durante o jogo todo podem ser trocados por novas armas, munição ou tiros especiais.

O jogo consiste de três modos de jogo, A campanha principal, o modo Echoes e o modo Anarchy. A campanha principal infelizmente suporta apenas um jogador, apesar de em todos os momentos você possuir um companheiro controlado pela inteligência artificial. Este talvez tenha sido o maior erro da People Can Fly. Já que o jogo te dá um companheiro durante toda a campanha, não custaria nada um modo cooperativo.

No entanto, o modo Echoes consiste de uma forma de competição através de pontos. Utilizando os mapas da campanha, seu objetivo é adquirir a maior quantidade de Skillshots. Apesar de parecer interessante, este modo de jogo acaba se tornando entediante, pois a única forma de comparar seus pontos com o de outros jogadores é através de um sistema de tabelas online. E não de uma forma mais dinâmica, como um jogo deste porte poderia muito bem fazer.

Já o modo Anarchy é onde você e seus amigos deverão batalhar contra ondas de inimigos em uma arena aberta. Apesar de parecer fácil, para você continuar na batalha não é somente necessário que todos estejam mortos. Mas também, que o seu time tenha a quantidade de pontos necessária.

Destruição e xingamentos

Devido ao fato de tanta coisa estar acontecendo na tela ao mesmo tempo, a trilha sonora de Bulletstorm é um pouco esquecida, mas todos os outros efeitos sonoros possuem uma ótima qualidade. A sensação de desespero criado por diversas explosões, gritos de inimigos e xingamentos é algo sensacional.

E quando se trata de xingamentos, Bulletstorm tem aos montes, apesar de acabarem se tornando sem graça com o tempo. Mesmo com alguns momentos engraçados, essas cenas não receberam a mesma importância que à criação de diversos nomes relacionados a órgãos sexuais.

Conclusão

Apesar dos problemas da versão PC e a falta de uma campanha cooperativa, Bulletstorm é uma ótima opção para quem está cansado de todo o militarismo presente no gênero. Seu sistema de skillshots e momentos de cair o queixo irão prender você na cadeira nesta curta, porém divertida jornada.