Peter Moore: Eletronic Arts será líder de jogos sociais

segunda-feira, abril 11, 2011
Durante a MI6 Game Marketing Conference, evento de publicidade no mercado de videogames iniciado ontem (7), Peter Moore, presidente da EA Sports, mandou um aviso para os criadores de jogos sociais e desenvolvedores que operam no Facebook: a Eletronic Arts só vai se contentar quando for líder desse mercado.
"H
á um cachorro grande na frente de nós", afirmou, referindo-se a líder no mercado de jogos sociais, a Zynga. "Mas não estamos muito atrás, e permanecemos confiantes de que podemos alcançá-lo".
Durante sua conferência, Moore mostrou dados que comprovam o crescimento acelerado dos jogos sociais. Segundo estimativas da própria Eletronic Arts, os jogos “embalados” (vendidos em caixas) cresceram de US$ 39,9 bilhões para US $ 44,2 bilhões, enquanto os jogos digitais (sem mídia física) saíram de US$ 12,4 bilhões para US$ 19,9 bilhões.
"Estamos vendo um crescimento de cinco a dez por cento a cada ano", disse Moore. "O tamanho do nosso mercado passou de 250 milhões de pessoas que são jogadores para 1,2 bilhões de pessoas".
O discurso aparenta mostrar uma mudança no posicionamento estratégico da Eletronic Arts, que agora possui o lema “We unite the world through play” (nós unimos o mundo através do jogo) e o objetivo de "construir o melhor playground do mundo digital, com diversão para todos, a qualquer hora, em qualquer lugar". A empresa diz que espera estar um passo a frente no conhecimento do desejo dos consumidores, tomando como exemplo o fracasso da indústria fonográfica, que sucumbiu ao tentar impedir as mudanças no mercado e no comportamento humano.
Os jogos, segundo ele, devem mudar sua forma de comercialização, se aproximando dos modelos presentes no mercado digital, onde é possível jogar gratuitamente e somente pagar por conteúdo bônus, DLC e transações internas. Os jogos estão cada vez mais se tornando serviços atualizáveis e não mais produtos fechados, na concepção da Eletronic Arts. Nesse cenário, o mundo “simples” com três consoles de um lado e o PC de outro, está cada vez mais multifacetado com a ascensão de smartphones, Facebook, sites especializados em minijogos, e outras plataformas que cada vez mais pulverizam a centralização existente nas opções de distribuição de videogames.
Em certo ponto da palestra dele, uma pergunta crucial foi levantada: qual será o futuro dos jogos de US$ 60 com a consolidação de modelos de negócio free-to-play? Moore crê que a expansão de público resultante desse novo modelo vai trazer mais benefícios do que efeitos colaterais, já que além de mais pessoas serem atraídas para os videogames, mais produtores de menor porte terão a oportunidade de desenvolverem. Mas, ele crê que uma segmentação de mercado ocorrerá, o que levará as empresas a traçarem diferentes estratégias de marketing e venda para diferentes países.
"Nossos concorrentes zombaram quando investimos nos jogos sociais através da compra Playfish. Zombavam dos nossos modelos direct-to-consumer [sem intermediários]. Mas nós somos o número um em jogos para celular, o número um em jogos casuais e número dois em jogos sociais", ressaltou Moore.
Peter Moore terminou sua palestra falando um pouco das iniciativas da Eletronic Arts, especialmente a EA Sports, na área de interação e uso das redes sociais. Ele salientou, por exemplo, que a marca mais importante da empresa, FIFA, está cada vez sendo mais jogada por parte dos gamers graças ao bom uso de redes sociais e outros dispositivos auxiliares, como apps pra smartphones. A versão de FIFA para Facebook, por exemplo, possui 3,5 milhões de jogadores ativos.

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